a avó do mundo
nasceu ao lado do mar
nasceu criança e neta dalguém
com o rebentar das ondas
a marulhar-lhe nos ouvidos
sempre
o contínuo ruído efeverscente
das águas que repetem
e encharcam rochas e areia
chamuscadas pelo sol
e no inverno e outono e primavera
o mar sempre lá ao lado
sempre nos ouvidos
sem ser preciso búzio
sempre esse murmúrio
e quando essa terra acabou
e a avó veio para a nossa casa
à beira da circunvalação
louca, dizia:
o que vale é que continuo
a ouvir o mar
terça-feira, 15 de abril de 2008
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