segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lançamento do disco apupópapa! no Porto (agora com fotos)

O anúncio da festa-lançamento do disco apupópapa! foi feito por mail e pelo Facebook e também foi postado em blogs e páginas da internet (como Cidadã do Mundo, Passa Palavra, Pimenta Negra, Diário Liberdade, A Cidade das Mulheres).

Às 20h30 já estavam algumas pessoas na Casa Viva. Às 21h15 começou o concerto do Pedro e da Diana, um pouco no lusco-fusco mas, mesmo assim, contra o obscurantismo. Cantaram «fADo» e «e job raspava o pus com um caco de telha e assentava-se sobre a cinza». Leram o texto de Diana Póvoas «A religião faz mal à saúde», que já tinha sido lido em Lisboa e que está publicado no zine que acompanha o disco. Seguiram cantando «Joana come o papa», uma música que haviam feito na altura do referendo sobre o aborto. Cantaram ainda «A taxa (o drama nacional)» e «O rato».

João Carlos leu a notícia fictícia «Teresa e Marta casam pela igreja», publicada pelo jornal i-diário (lançado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta no dia 10 de Maio e distribuído gratuitamente nas ruas de Lisboa), e contou o que se passou com esse jornal. A Sojormedia, empresa proprietária do jornal i, apresentou uma queixa-crime contra o jornal i-diário, embora a UMAR tenha enviado um comunicado de imprensa a esclarecer que um jornal não tinha nada que ver com o outro. No dia 12 de Maio a ASAE foi à sede da UMAR e confiscou todos os exemplares do i-diário que lá havia. Tudo isto pareceria uma coisa do outro mundo não fosse o facto de uma simples busca no Google dar a saber o seguinte: a Sojormedia é a detentora exclusiva dos direitos de merchandising com a imagem do papa Bento XVI na visita a Portugal. Assim tudo se explica. Para além da ideologia, temos também o mercado. Aqui fica o comunicado de imprensa da UMAR sobre o assunto.

A Diana e o Pedro cantaram em seguida «Homofo-BU!» e, acompanhados por Rossana Silva e Smith, «Deixa estar». Acompanhados pelo Maio, acabaram o concerto com a canção «Este mânfio».

Susana Chiocca e outros dois companheiros apresentaram uma performance muito interessante feita propositadamente para o evento.

Smith cantou à guitarra a canção «O rato que canta», do grupo Focolitus, que integra o disco apupópapa!

Pedro Ribeiro leu um texto seu.

Maio cantou a «Cantiga da minha preguiça» e a Diana e o Pedro entoaram ainda a «Trova do Bento que passa».

Seguiu-se o cinema comunitário, com O sentido da vida, dos Monthy Python.

Venderam-se 30 discos. 10 ficaram na Casa Viva à venda para quem os quiser comprar no Porto.

Entretanto o blogzine da Chili com Carne falou do apupópapa!

Para pedir discos apupópapa! enviar um e-mail para apupopapa@gmail.com.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O lançamento do disco apupópapa! em Lisboa (agora com fotos)


Foi no passado sábado 8 de Maio que o disco apupópapa! – feito com o intuito de ser uma pedrada no charco pantanoso do consensual beija-mão ao Papa por ocasião da sua visita a este país à beira mar plantado – foi lançado em Lisboa, no bar Aguarela.

O anúncio do acontecimento foi feito com panfletos passados de mão em mão e deixados em sítios, foi feito por e-mail, circulou no Facebook e no Myspace e foi postado em algumas páginas de notícias e blogs (como por exemplo, Pimenta Negra, O Sono do Monstro, Panteras Rosa, Time Out, Público, Freguesia São Bartolomeu Coimbra). Para além disso, três dos organizadores da coisa deram uma entrevista à Sapo Notícias que saíu ainda no dia anterior à festa-lançamento do disco e que foi comentada não por 2 ou 3 pessoas, nem por 50 ou 100, mas teve nada mais que 270 comentários.

Às 16h30 ainda estava a ser montada no bar Aguarela a exposição de obras de Nadine Rodrigues e a ser preparada a banca com os discos e os pins. Às 17h, hora marcada para o acontecimento, começaram a chegar as primeiras pessoas. Ainda não eram 18h quando tiveram início as leituras, músicas, vídeos.

Pedro e Diana abriram a sessão cantando «fADo», a que se seguiu uma leitura d’A visita do Papa, de Alberto Pimenta, por Rui Teigão, Rossana Silva, Sónia Gabriel e Ângelo Teixeira.

Vimos depois o vídeo com a música «The Pope Song», de Tim Minchin, uma sugestão de uma pessoa que não pôde estar presente por estar em Londres. João Pacheco leu dois trechos d’O Último Cabalista de Lisboa, de Richard Zimler.

Novamente Pedro e Diana cantaram mais uma das suas músicas: «A taxa (o drama nacional)». Seguiu-se a leitura de várias orações d’A religião do capital de Paul Lafargue, por Miguel Sopas. Vimos depois um vídeo com a música «Qué dirá el santo padre», de Violeta Parra.

Diana Dionísio leu o texto de Diana Póvoas com o título «A religião faz mal à saúde». Miguel Castro Caldas leu uma passagem d’A vida de Galileu de Bertolt Brecht. Logo de seguida, Gonçalo Amorim leu o texto de Miguel Castro Caldas que integra o disco apupópapa!: «Foi sem crer».

Passou o vídeo que Amarante Abramovici fez com os pins feitos para a ocasião, e que tem a «música» que Regina Guimarães e Tiago Afonso fizeram para o disco apupópapa!: «Antes aos papos que ao papa». Diana Henriques e João Baía tocaram e cantaram o «Fado do Diabo». Ângelo Teixeira fez uma intervenção com um texto seu. Luís Rodeiro leu «Teses sobre a visita do Papa», de António José Forte, acompanhado à guitarra por Emanuel. Pedro Rodrigues leu depois o texto de Zé Nuno: «O papa ponderou a sua partida para Portugal».

Vimos o videoclip da música «Tud esperma é sagrod», de micro_SAPIENS, que entra no disco apupópapa! João e Pedro Rodrigues ajudaram-nos a cantar em conjunto a «Trova do Bento que passa». Foi depois a vez de tocarem as dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, banda que também participa no disco, número que foi acompanhado por uma actuação de um verdadeiro faquir. Tiago Gomes leu em seguida os poemas «Cão» e «É um mundo inundado de fascismo e de medo» de Lawrence Ferlinghetti.

Em conjunto cantámos a música «Joana come o papa» feita por Miguel Castro Caldas e Rui Rebelo, que não pôde estar presente no lançamento (mas fez este vídeo). O amigo italiano Emanuel tocou e cantou duas músicas de Sérgio Godinho: «Tem ratos» e «Que força é essa?». Mais uma vez em conjunto foi cantada a música de Diana e Pedro «Este mânfio». Passou por fim um vídeo com a música «La mosca cojonera» dos Ska-P.

A tarde foi assim muito preenchida e agradável. O Aguarela encheu. Venderam-se 90 e tal discos e cerca de 90 pins.

Depois da festa, saíram ainda duas notícias sobre o disco, feitas a partir de uma entrevista dada à Lusa: na TVI e no Diário IOL. Também em blogs continuam as referências ao apupópapa! (Catrina, O melhor dos dois mundos, Cidadã do Mundo, Panteras Rosa, Casa Viva, Respirar o mesmo ar, Indymedia, Spectrum, Querida Quitéria, Alvitrando). No i-diário, um jornal fictício lançado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta no dia 10 de Maio, também como reacção à pompa com que é vista a visita de Ratzinger a Portugal, foi publicado um anúncio ao disco apupópapa!

Na quinta-feira 13 de Maio, o disco apupópapa!, que vem acompanhado por um zine cheio de recheio, será lançado no Porto – às 20h30, na Casa Viva (Pç. do Marquês, 167). Será mais um belo serão, com certeza.

O disco apupópapa! reúne colaborações de Serpendes; D. Chica e Heidi M.; dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS; Miguel Castro Caldas; Artigo 19; Inês Nogueira, João Caldas e Zé Ratinho; micro_SAPIENS; Casa Viva; Focolitus; Above the tree; Regina Guimarães e Tiago Afonso; À porta fechada; Nuno Moura; Pedro e Diana. Foi masterizado por J. Klicka.



Para quem falhou o lançamento em Lisboa e não puder ir ao do Porto, pode pedir discos através do e-mail apupopapa@gmail.com. Custam 3€.