quinta-feira, 2 de setembro de 2021

desaparicida

matraca que não respira nem deixa respirar
insuportável
ser de costas doridas, ancas gordurosas, coração em ácido

olhos a esforçar a superfície

não ter um meu planeta aqui, bolinha de bruxa
pra montar e fugir de tudo para sempre finalmente

matar a cabeça
matá-la
sair com alívio de dentro de mim

isto não ter fim
ser só sempre pesadelo de pedra de sísifo


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