Há dias em que a sombra nos deixa e vai ver o rio. Outros em que fica parada
sem saber onde ir. À espera que a luz dê a sua volta. Hoje é um dia desses.
Sou eu que vou, e a sombra fica. Fica mal desenhada, porque a luz é muita mas indecisa. Fica espalhada na mesa e no chão, tristonha, junto ao caixote. Fica aqui, quieta, sobre um copo de café de plástico e um rascunho.
Eu vou, saio à procura do lugar impossível no mundo que amo e não me deixa amar. Hoje é desses dias, estúpidos dias sem noite, em que a sombra fica e eu vou.
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