segunda-feira, 7 de abril de 2014

das diferenças abissais

Nem nada.
Sermos iguais, mais iguais
do que imaginamos.
Eu não ser
tão forte como julgas
tu
não seres tão frágil como julgas que aos meus olhos és
termos este frio nos pés.

Eu pensar em ti tanto ou tão pouco
como tu em mim
respirarmos o mesmo cancro do ar
eu querer iniciar
poemas de telemóvel e tu
um centro jornalístico na nuvem.

Não odeias tanto o cantar
como eu te imagino a odiar.

E respiramos este ar de cancro comemos esta comida de cancro somos tratados pelos mesmos hospitais que não sabem tratar o cancro.
E se for só isso,
somos só conhecidos.

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