Elas, com asas de todas as cores, ora azuis, ora brancas,
ora rosas e verdes e amarelas – que nisso eram camaleoas -, já estavam
habituadas a aconchegar o seu corpo entre os piloros e ficar ali adormecidas.
Em certas épocas, pegavam ao sono durante muito tempo. Eram completamente
resistentes aos sucos gástricos e digestivos, por mais ácidos que fossem. Eram
sensíveis, mas imunes à insensibilidade. Depois, em momentos, em segundos, acontecia
que se punham a voar em círculos, sem chocar umas com as outras, fazendo cócegas
com as leves asas nos piloros. Como beijos de pestanas.
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