Esta sessão é
coscuvilheira: vamos ouvir uma deliciosa troca de cartas, aproveitando o
balanço do precioso trabalho de Karina Marques, que, embrenhando-se no
espólio de Mário Dionísio e no de Ilse Losa, reuniu e tratou a
correspondência entre os dois, publicando grande parte em ILSE LOSA –
ESTREITANDO LAÇOS – CORRESPONDÊNCIA COM OS PARES LUSÓFONOS (1948-1999).
Os assuntos são muitos, dignos da curiosidade de qualquer pessoa que goste de ler cartas alheias, ainda por cima tratando-se de duas extraordinárias pessoas, dois pares com vidas cheias e inquieta produção de palavras e pensamento sobre um mundo que queriam ver mudado. Muito sobre literatura, a começar pela própria obra dos dois autores (incluindo as questões de língua que se levantam a uma refugiada judia alemã que quer escrever em português) e a constante colaboração de ambos em jornais e revistas. Foram os 300km que os separavam (um vivia em Lisboa, outro no Porto) que tornaram possível hoje podermos ler estas cartas que, não fosse essa distância geográfica, podiam ter sido conversas de café.
Os assuntos são muitos, dignos da curiosidade de qualquer pessoa que goste de ler cartas alheias, ainda por cima tratando-se de duas extraordinárias pessoas, dois pares com vidas cheias e inquieta produção de palavras e pensamento sobre um mundo que queriam ver mudado. Muito sobre literatura, a começar pela própria obra dos dois autores (incluindo as questões de língua que se levantam a uma refugiada judia alemã que quer escrever em português) e a constante colaboração de ambos em jornais e revistas. Foram os 300km que os separavam (um vivia em Lisboa, outro no Porto) que tornaram possível hoje podermos ler estas cartas que, não fosse essa distância geográfica, podiam ter sido conversas de café.
Esta sessão «Ouvido de Tísico» foi publicada na secção «Notícias» do site www.centromariodionisio.org da Casa da Achada - Centro Mário Dionísio no domingo 24 de Maio às 15h30.
Nas sessões «Ouvido de Tísico» a proposta é escutar. Fácil?
Difícil? Num mundo que nos quer entupir os ouvidos, nós queremos
continuar a fazer cócegas ao caracol. Ouvir-se-ão textos de vários
autores, saladas musicais, documentos desencantados do Centro de
Documentação da Casa da Achada, discos do princípio ao fim, entrevistas,
enfim, de tudo um pouco. Pode-se ouvir de pé ou sentado, sentado ou
deitado. Pode ouvir-se de olhos fechados ou abertos, abertos ou
semicerrados. Pode-se desenhar enquanto se ouve, ou escrever, ou não
fazer mais do que... ouvir.
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