terça-feira, 12 de setembro de 2017

e dos caixotes do lixo nascem versos

Lixo.

Couves amarelas.
Ovos de asas mortas.

Gritos esfarrapados por dentes de peixes,
espinhas de caudas de sereias.

E uma luva doce
a quem os cães da noite
vão em bandos
lamber o perfume
de mulher
- palacianos e sonâmbulos.

José Gomes Ferreira

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