Como um toque e foge
para lena de gil
debaixo
do serénico raio
como um bolbo de generosidade
como uma calma que mente
mas é enquanto está
como aquele arrepio de lágrimas frescas
às seis da tarde na praça da figueira
mexeu com uma mexeu com todas
a pincelada burilou
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
foge
Que barca abarca
essa luz reciclada
que pinta o céu de escuro pardo
e recorta de esboço
o castelo imaginário
encimando a floresta?
É alívio sereno
que toda a monarquia e os bancos durmam
ou repousa só, trémula de ameaça,
uma ameaça tépida
e amarela?
Essa deusa
luminosa e altiva
mas a única verdadeira
tingida de rios e peixes
está a anos-luz
dos fotões rosa sintéticos
que me ocupam a sala.
E foge pela ombreira.
essa luz reciclada
que pinta o céu de escuro pardo
e recorta de esboço
o castelo imaginário
encimando a floresta?
É alívio sereno
que toda a monarquia e os bancos durmam
ou repousa só, trémula de ameaça,
uma ameaça tépida
e amarela?
Essa deusa
luminosa e altiva
mas a única verdadeira
tingida de rios e peixes
está a anos-luz
dos fotões rosa sintéticos
que me ocupam a sala.
E foge pela ombreira.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
e dos caixotes do lixo nascem versos
Lixo.
Couves amarelas.
Ovos de asas mortas.
Gritos esfarrapados por dentes de peixes,
espinhas de caudas de sereias.
E uma luva doce
a quem os cães da noite
vão em bandos
lamber o perfume
de mulher
- palacianos e sonâmbulos.
José Gomes Ferreira
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
segunda-feira, 31 de julho de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
domingo, 16 de julho de 2017
domingo, 4 de junho de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
histórias para crianças quase crescidas
esperamos encontrar-vos, mais e menos crescidos,
no próximo sábado 20 de Maio de 2017, pelas 16h,
na Casa da Achada - Centro Mário Dionísio*,
para o lançamento desta novidade
histórias para crianças quase crescidas
de Antonino Solmer, com ilustrações de Diana Dionísio
depois de uma apresentação por João Rodrigues, histórias serão lidas por F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira e sabe-se lá mais quem...
* R. da Achada, 11 - 1100-004 Lisboa
quarta-feira, 10 de maio de 2017
quarta-feira, 3 de maio de 2017
terça-feira, 2 de maio de 2017
sexta-feira, 21 de abril de 2017
quarta-feira, 19 de abril de 2017
mentira
A mentira é que segura as coisas.
Mas não basta mentir.
É preciso omitir, esconder bem as coisas.
E disfarçar bem, aprender a disfarçar.
Não basta apenas mentir.
É preciso ainda aceitar a mentira dos outros.
É preciso mentir muito para ser feliz.
É preciso mentir para ter muito sucesso.
Mas não basta mentir.
É preciso omitir, esconder bem as coisas.
E disfarçar bem, aprender a disfarçar.
Não basta apenas mentir.
É preciso ainda aceitar a mentira dos outros.
É preciso mentir muito para ser feliz.
É preciso mentir para ter muito sucesso.
terça-feira, 18 de abril de 2017
passava a menina
passava a menina as suas sombras
a ferro numa esquina
achou que viu um gato
e pensou:
«os gatos batem as botas»
achou graça e escreveu no caderninho
a ferro numa esquina
achou que viu um gato
e pensou:
«os gatos batem as botas»
achou graça e escreveu no caderninho
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Lemniscata
É um total de 48 fotos do Sol, sobrepostas. Feitas durante um ano, uma vez por semana, no mesmo local e horário. O ponto mais alto é o solstício de verão e o mais baixo é o de inverno, formando a Lemniscata, símbolo do infinito.
Ver mais aqui:
http://astronomiaycienciatitaguas.blogspot.pt/2012/10/analema-solar.html
http://myblog-arnaiz.blogspot.pt/2012/11/analema-solar-desde-burgos.html
"Lemniscata": https://pt.wikipedia.org/wiki/Lemniscata_de_Bernoulli
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Manuela e Mário
sem sentido
o sem sentido disto
sofreguidão
num mundo enorme e vazio
perdida
no claustro das raízes profundas
o sem sentido disto
sofreguidão
num mundo enorme e vazio
perdida
no claustro das raízes profundas
Na era
Na era em que já não se escrevia -
porque não se sabia
e porque não era possível -,
quando se queria mascar
roíam-se as unhas do mindinho
e durante muito tempo
rolavam rolavam
entre língua e dentes.
porque não se sabia
e porque não era possível -,
quando se queria mascar
roíam-se as unhas do mindinho
e durante muito tempo
rolavam rolavam
entre língua e dentes.
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