eu morro que na barriga
uma cócega de falta
até me fica uma volta
nos gestos até me fica
até me fica de falta
eu nos gestos na barriga
uma cócega de volta
e morro que até me fica
terça-feira, 10 de maio de 2016
não leias isto
ir
não sei para onde ir
imagino-te
a ti
tu estarás noutro mundo
outro
não leias isto
não leias
A sombra fica
Há dias em que a sombra nos deixa e vai ver o rio. Outros em que fica parada
sem saber onde ir. À espera que a luz dê a sua volta. Hoje é um dia desses.
Sou eu que vou, e a sombra fica. Fica mal desenhada, porque a luz é muita mas indecisa. Fica espalhada na mesa e no chão, tristonha, junto ao caixote. Fica aqui, quieta, sobre um copo de café de plástico e um rascunho.
Eu vou, saio à procura do lugar impossível no mundo que amo e não me deixa amar. Hoje é desses dias, estúpidos dias sem noite, em que a sombra fica e eu vou.
sem saber onde ir. À espera que a luz dê a sua volta. Hoje é um dia desses.
Sou eu que vou, e a sombra fica. Fica mal desenhada, porque a luz é muita mas indecisa. Fica espalhada na mesa e no chão, tristonha, junto ao caixote. Fica aqui, quieta, sobre um copo de café de plástico e um rascunho.
Eu vou, saio à procura do lugar impossível no mundo que amo e não me deixa amar. Hoje é desses dias, estúpidos dias sem noite, em que a sombra fica e eu vou.
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